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sábado, 17 de maio de 2014

Avenida Paulista -- tantos clichês para uma senhora centenária

                                                                         Avenida Paulista em 1902. 

     A Avenida Paulista já recebeu vários epítetos, como "a mais paulista das avenidas", "o coração financeiro da cidade", "o símbolo turístico da cidade". Para uma senhora centenária, continua bem conservada e em plena forma física.

     Está localizada no limite entre as zonas Centro-Sul, Central e Oeste. Em seus 2.700 metros, têm-se uma vida comercial-empresarial-cultural-residencial ativa: tem sede de bancos nacionais e internacionais; agências bancárias, escritórios, parques, teatro, cinemas, livrarias especializadas e mega-livrarias, restaurantes, hotéis, hospitais, centros culturais, museus, estações de rádio e televisão, faculdades. Na Avenida Paulista residem cerca de 200 mil pessoas.

     Ela preserva tanto o seu lado histórico, através dos casarões construídos na época dos barões do café - Casa das Rosas e a residência do barão do café Joaquim Franco de Mello (entre a rua Padre João Manuel e a alameda Ministro Rocha Azevedo), como tem um pé na modernidade, com prédios com arquiteturas arrojadas.

     Tem acesso para todos os cantos da cidade, através das várias linhas de ônibus, que passam diariamente, bem como com a linha 2 do metrô, com suas 4 estações, localizadas da Paraíso até a Consolação.

     Foi criada no final do século 19, como opção de moradia para os barões de café. A região central da Praça da República, Higienópolis e Campos Elíseos já estava saturada de residências.. Com isso, o engenheiro Joaquim Eugênio de Lima e Clementino de Souza e Castro (que no cargo atual seria o prefeito da cidade), pensaram em expandir a cidade para outras áreas, e encontraram em uma das áreas mais altas de São Paulo, uma possível solução.

     Em 8 de dezembro de 1891, inaugurou-se a avenida Paulista, que teria o nome de Avenida das Acácias ou Prado de São Paulo, se não fosse por decisão do engenheiro Joaquim Eugênio. Ela foi aberta segundo padrões urbanísticos novos para época. Os palacetes dos barões do café seguiam tendência eclética e norte-americana, com as casas localizadas no meio de cada terreno adquirido.

     O perfil residencial durou até a década de 1950, quando as atividades do centro histórico da cidade migraram para a avenida. Isto fez com que as casas fossem sendo destruídas, nos seus terrenos construídos prédios para abrigar tanto residências, como também e principalmente, escritórios comerciais e de serviço.

     A Paulista é uma avenida democrática. Ao mesmo tempo em que é palco de vários eventos, como a celebração da conquista da copa do mundo e campeonatos de futebol, a corrida de São Silvestre. a parada do orgulho LGBTS, vários shows musicais que acontecem aos domingos em suas calçadas; também é o lugar onde atrai passeatas contra o governo, violências em ataques de racismo, depredações dos bens públicos quando o time de futebol perde.

     Com certeza, uma visita pela Paulista dura muito mais que um dia. E se você for durante a semana, ela apresenta características completamente diferentes do que se você for no final de semana, e vice-versa. Aproveite para andar, visitar os parques, ver as exposições dos museus, fazer uma refeição, entrar numa sala de cinema a tarde para livrar-se do calor, ver o anoitecer. A Avenida Paulista sempre terá algo novo para lhe entreter.

     Curiosidade: "Avenida Paulista é igual um casamento, começa no Paraíso e termina na Consolação".

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